Moradores sugerem melhoras para o Lago Jacarey

Problemas na praça incomodam frequentadores

Moradores da Cidade dos Funcionários apontaram questões que podem ser melhoradas na praça do Lago Jacarey, como a carência de zeladores. Frequentadores falaram sobre quatro temas: lazer, gestão do espaço, comércio e segurança e apontaram sugestões.

Lazer

O lazer atrai diariamente pessoas para a região do entorno do Lago Jacarey. Elas aproveitam a pista do local para praticar cooper, atividade muito comum no período da manhã e nos fins de semana.

O lugar possui equipamentos como a “Academia ao Ar Livre”, realizada em parceria entre o Governo do Estado do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza, que está presente nas praças da cidade. Há também um parque, onde crianças do entorno brincam.

Pedro Moura, frequentador assíduo da praça, diz que sempre aproveita o tempo livre para se reunir com os amigos e tomar água de coco. “Apesar de gostar bastante do local, sugiro que seja feita uma reforma estética, com o piso de terra batida sendo substituído por um gramado”.

Outros habitantes, como Rafael Vasconcelos e Matheus Batista, sugeriram que fossem criados espaços de lazer que chamem a atenção dos moradores do bairro, utilizando o espaço da praça para reunirem as famílias.

Praça do Lago Jacarey

Gestão do Espaço

A UniLago, associação de moradores do Lago Jacarey, geriu o espaço até 2013. Fundado em 1991, a associação promovia ações no âmbito do lazer, cultura, segurança, urbanismo e meio ambiente. O funcionamento era mantido através de doações mensais de cinco reais dos habitantes do entorno. Porém, no final do ano passado, a associação foi extinta e a gestão voltou a ser de responsabilidade da Prefeitura.

Moradores disseram não ter percebido grandes mudanças com a troca de gestão, afirmando que a praça continuava do mesmo jeito da época das atividades da UniLago. Apesar disso, Fernando Cunha, 67, morador antigo do bairro, disse que a gestão do espaço ficou mais organizada depois que a Prefeitura assumiu o comando.

Moradores disseram não ter percebido grandes mudanças com a troca de gestão, afirmando que a praça continuava do mesmo jeito da época das atividades da UniLago. Apesar disso, Fernando Cunha, 67, morador antigo do bairro, disse que a gestão do espaço ficou mais organizada depois que a Prefeitura assumiu o comando.

Comércio

O comércio é um dos principais atrativos do Lago Jacarey, cerca de dez barraquinhas e ambulantes, que vendem produtos como café, água e espetinho, se instalam na praça durante o final da tarde e além deles, outros pontos comerciais maiores foram criados nas ruas que contornam a praça, aproveitando a movimentação no entorno do Lago.

Uma das mudanças apontadas por Pedro Moura, foi que, desde a dissolução da UniLago, existe uma maior regularização dos ambulantes. Em alguns casos as barraquinhas extrapolam o espaço determinado, que é um lugar de 2,5m por 2,5m na faixa exclusiva dedicada ao comércio ambulante e acabam invadindo o espaço utilizado para outras atividades, como a caminhada.

Segurança

A falta de segurança é uma reclamação constante de frequentadores e moradores da região. Há alguns anos, os bairros periféricos a praça, como Cidade dos Funcionários, sofrem com o crescimento vertiginoso da violência. Segundo pesquisa realizada pela UECE, o bairro teve um crescimento de mais de dez mortes violentas de 2007 para 2009.

Passado um ano da última reforma feita no Lago Jacarey pela Prefeitura, que conferiu melhorias na calçada e na iluminação do espaço, moradores alegam que muitos assaltos continuam acontecendo nos arredores da praça. Um dos responsáveis pela limpeza do entorno de uma churrascaria do Lago afirmou: “há uma sensação de desconforto no período noturno, visto que apenas uma viatura do Ronda Quarteirão faz vistoria da área”.

Reportagem por: Daniel Rezende, Jivago Soares, Lauriberto Pompeu


Obras seguem lentas no Parque Parreão I

Iniciadas em janeiro deste ano pela Prefeitura de Fortaleza, as obras de revitalização contam com poucos homens fazendo pavimentação e limpeza do espaço.

O Parque Parreão I é um espaço de 35mil metros quadrados localizado entre as avenidas Borges de Melo e Eduardo Girão, logo atrás da Rodoviária Eng. João Tomé no Bairro de Fátima.Voltado para a prática esportiva e lazer dos moradores da região. Depois de mais de 15 anos de solicitações não atendidas pela Prefeitura em suas diferentes gestões, em 2014 finalmente teve início a obra de revitalização do espaço.

600 mil reais é o custo estimado e a previsão de conclusão ainda no primeiro semestre do ano. Mas, apenas parte da obra foi concluída: as pontes de concreto e a nova pavimentação. Faltam grades de contenção ao redor de todo o parque e das pontes que passam por cima do canal, iluminação (troca das lâmpadas), bancos, lixeiras, reforma do anfiteatro e do coreto, novo parquinho para as crianças e instalação de equipamentos para prática de exercícios. Mesmo assim, em visita ao local na manhã do dia 22 de maio, verificamos a presença de apenas seis trabalhadores da Prefeitura, a maioria fazendo apenas a limpeza.

Com uma área bastante arborizada, o local parece tranquilo a primeira vista. Silencioso, apesar das duas avenidas movimentadas ao redor. No parque, apenas o som os passarinhos. Poucas pessoas passavam pelo local, a maioria apressada, fazendo uma travessia rotineira. Os moradores usam a praça para prática de cooper e para chegar de um lado a outro mais rápido. Mesmo assim, alguns evitam passar por dentro do parque por medo dos assaltos que ocorrem no local, segundo os próprios moradores.

Falta de segurança é outra queixa constante dos moradores que dizem não haver Ronda do Quarteirão no entorno, nem guardas municipais no parque. Outra questão que contribui para isso é a precária iluminação, aumentando a incidência desse tipo de crime durante a noite. Além disso, usuários de droga costumam usar o local para consumo, aproveitando a escuridão e a ausência de outras pessoas no local.

Para esclarecimentos sobre as queixas dos moradores e a situação de descaso que constatamos no local, entramos em contato com a Secretaria de Segurança Pública e a assessoria de imprensa da Regional IV, onde fica o Parque, mas ambas não se manifestaram sobre o assunto.

Reportagem por: Lílian Oliveira, Alan Kitil, Thiago Matos


"Praça Anônima": coberta pelo descaso e apagada do cotidiano

A Praça dos Caboclos se torna lar do anonimato, berço do desconhecido

Ao redor da historicidade da Lagoa da Parangaba, existe um espaço abandonado. "Sabia que era alguma coisa, não uma praça", diz Danilo Matos, 27, morador da Parangaba há 14 anos, quando perguntado sobre o espaço localizado na rua Caio Prado com a Avenida General Osório de Paiva. 

A questão da falta de identificação do local é recorrente e não se esgota na falta de reconhecimento dele como praça. Muitos moradores não sabem como ela foi batizada. “Nunca ouvi ninguém chamar aquela praça por um nome específico, sempre quando falam dela é ‘aquela praça abandonada’”, relatou Dona Erivanda, 48, moradora do bairro há 14 anos. Para saber o nome institucional, entramos em contato com a Regional IV. Encontramos mais dúvidas do que esclarecimentos, para nossa surpresa. 

O documento enviado pela Regional, que está disponível no site da Prefeitura, pretende catalogar todas as praças dos bairros que se encontram na Regional IV. Porém, este não indica precisamente as informações de localização das praças, como é o caso da Praça Nossa Senhora de Nazaré. Esta não possui sua disposição norte identificada no documento, onde consta apenas um termo "rua SDO", o qual é usado quando não é sabido o nome da rua.

Tabela 01

O termo “rua SDO” aparece 12 vezes no PDF. A "Praça Anônima", como chamamos aqui, é uma desta. Somente através da indicação do bairro e do nome da outra rua que esta praça tem como lar, ficamos sabendo qual o nome oficial: Praça dos Caboclos. O documento apresenta também praças sem nomes, só com a indicação do bairro e das ruas que as localizam. Veja:

Tabela 02

O caso de anonimato não alcança apenas a praça, os habitantes dela também. “A praça é do povo da rua”, categoriza Dona Eridan, moradora do bairro há mais de 30 anos. Segundo ela, além de habitada por pessoas em situação de rua, a praça é utilizada para o consumo de drogas ilícitas. Por receio de alguma violência cometida pelos usuários, Dona Eridan, que mora ligeiramente atrás da praça, não realiza suas caminhadas no local.

A negligência com a praça não para na documentação institucional da Prefeitura. A infraestrutura do local é decadente, com mato em tamanho alto e deposição de lixo na área. A situação atual de completo descaso para com a manutenção do espaço público veio sendo construída ao longo dos anos, como conta Seu Alberto, também morador da região. De acordo com ele, assim que a praça foi estruturada, as entidades governamentais direcionavam maior atenção a ela. Posteriormente, o caso pendeu para o esquecimento, com momentos esporádicos de reforma do lugar, como a que pode ser constatada pelas fotos feitas no ano de 2012:

Praça Reformada

Atualmente, a praça se encontra assim:

Praça Atualmente
Reportagem por: Bárbara Barroso, Francisco Júnior e João Gabriel


Prática esportiva dá nova vida à Praça Bárbara de Alencar

Parceria entre Prefeitura Municipal e iniciativa privada recupera praças, mas problemas de violência permanecem

Recém reformada pelo projeto “Adoção de Praças e Áreas Verdes" da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA), a Praça Bárbara de Alencar, popularmente conhecida como Praça da Medianeira, localizada na avenida Heráclito Graça, é destaque pela realização de eventos e práticas esportivas. Com orçamento de R$450.000, a reformulação durou 3 meses e foi custeada pela construtora Novaes Engenharia, que garantiu também manutenção pelo período de 2 anos.

Segundo Marcos Novaes, presidente da empresa, o programa “Adote o Verde” facilita a integração social por meio dos espaços públicos. “Esse programa nos faz sair da zona de conforto para levar algo importante para a sociedade, como o lazer o convívio com o meio ambiente”, destacou. Durante a reforma foi instalado um playground infantil, quadra de vôlei de praia, beach tênis e meia quadra de basquete, além da recuperação da estátua de Bárbara de Alencar e da melhoria da acessibilidade com a utilização de piso podotátil e 4 rampas de acesso para cadeirantes.

Vista panorâmica da praça

O torneio da inovação de basquete, que acontece no primeiro sábado de cada mês, conta com organização do SKY-Basquete Cearense e participação de alunos da rede pública de ensino, buscando integrar a comunidade ao espaço público, Matheus Oliveira, 16 anos, estudante e vendedor , é um dos jogadores atraídos pela reforma e pelo campeonato, "Eu nunca vinha pra essa praça, e agora, com a reforma, eu venho mais pra cá. Me sinto a vontade, com todos esses espaços, principalmente com essa quadra. Agora não preciso mais depender do colégio pra jogar basquete, posso fazer o meu jogo. Sempre trago a galera do meu prédio pra cá, e a gente se diverte bastante, além de conhecer novas pessoas. Sempre tem alguém jogando por aqui". Além do foco nas práticas esportivas, a reforma trouxe benefícios para a comunidade e aumentou a circulação de pessoas pelo local. “A nova iluminação melhorou bastante a circulação e trouxe cara nova e um aspecto mais seguro tanto para quem usa, como para quem precisa passar pela praça” disse Maria Irismar, 41, moradora da região.

Falta de segurança

A segurança foi um aspecto ressaltado por todas as pessoas ouvidas, apontado-a com um dos principais benefícios da reforma. O número de ocorrências e prática criminosas no local teve redução considerável de acordo com moradores da região e frequentadores da praça, porém, durante a realização da matéria, mesmo com várias pessoas no local realizando diversas atividades, o repórter Lucas Ribeiro foi assaltado e teve seu celular levado mediante ameaça com arma de fogo. A violência na cidade extrapolou qualquer aspecto geográfico e aflige todos os locais, mesmo o que supostamente transmitem mais segurança.

Após a realização da matéria até o fechamento, nenhum caso de ação criminosa foi registrado pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS).

Reportagem por: Erick Bruno, Lucas Ribeiro, Rodrigo Sávio


Reformada, praça da cidade 2000 movimenta o bairro

A Praça Engenheiro Pedro Felipe Borges (Praça Oficina do Senhor), localizada na Rua Gilberto Studart, esquina com a Rua José Borba Vasconcelos, no bairro Cidade 2000 é exemplo de quê?. Como resultado do primeiro espaço reformado pelo projeto “Adoção de Praças e Áreas Verdes”, da Prefeitura Municipal de Fortaleza juntamente com a Construtora Manhattan , o local foi entregue à população no dia 07 de dezembro de 2013.

O espaço foi totalmente revitalizado e ganhou novas atividades: quadras poliesportivas, de vôlei de praia, de futebol society, rampa de skate, aparelhos de academia destinada à terceira idade, espaço para cooper e caminhada, anfiteatro, fontes, caramanchões para descanso, playground e 70% de cobertura vegetal.

Espaço atrai vários tipos de público

Francisco Feitosa e Pedro Nícolas costumam ir ao novo espaço para jogar basquete.

Prática de esporte na praça

Ana Célia frequenta a praça há 7 anos e percebeu a grande diferença entre o espaço que antes era abandonado, e agora tem nova vida. A moradora do bairro diz que “Melhorou em primeiro lugar a segurança. Antes não tínhamos nenhuma proteção. Hoje temos a Guarda Municipal e dois policiais do Ronda do Quarteirão”.

Por causa da revitalização, ela passou a praticar atividades na praça. “Faço atividades diariamente, de segunda à sexta. Faço a caminhada, uso os aparelhos e a ginástica local e aeróbica com a turma da FIC”. O projeto Estácio na Praça é desenvolvido pela coordenação do curso de Educação Física da Estácio/FIC , e realiza diversas atividades como aulas de aeróbica e acompanhamento aos idosos que utilizam as máquinas da academia da praça.

O Professor Roberto Gomes, coordenador do estágio de Educação Física na Estácio/FIC, diz que é um modo de levar os alunos à prática acadêmica e colaborar com o bem estar da comunidade.

O projeto

A praça, certamente, está na contramão da maioria de toda a cidade de Fortaleza. No entanto, é um resultado positivo da parceria público-privada (Prefeitura e Construtora), mas que pode ser feita também entre outros setores da sociedade civil. O Programa de Adoção de Praça e Áreas Verdes é coordenado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) com o apoio da Vice-Prefeitura e das Secretarias Regionais. Segundo o site da Prefeitura de Fortaleza, a ação já se estende a 149 praças e áreas verdes que estão no processo de adoção e início de obras.

Conheça a estrutura oferecida aos frequentadores do local

Estrutura da praça
Reportagem por: Didio Theroga, Thamiris Threigher, Crisneive Silveira


Abandono em praça na Cidade dos Funcionários preocupa moradores.

Pracinha

Uma igreja, uma delegacia, uma escola de ensino fundamental. Todas ao redor de uma praça localizada entre duas grandes avenidas – Oliveira Paiva e Desembargador Gonzaga. Esta parece ser a receita de um lugar movimentado, com comerciantes, fiéis reunidos, adolescentes conversando, taxistas e uma variedade de pessoas vivenciado o espaço desta praça, supostamente bem localizada, porém, sendo uma receita, nem sempre pode ser um sucesso.

Contrastes

A Praça Nossa Senhora da Glória, ou Pracinha da Cidade dos Funcionários, como é mais conhecida, em um primeiro olhar, parece entregue às moscas. Com chances de estabelecer um movimento maior, acontece justamente o contrário. A Paróquia, que leva o mesmo nome da praça, enfatiza que os estacionamentos na praça são separados e que igreja e praça não possuem atividades em comum, embora compartilhem o local.

Com um vasto espaço, boa parte tomada por entulhos, a praça possui diversos bancos e até uma quadra de futsal, que sobrevive vazia; os bancos servem apenas como ponto de espera de ônibus.

Quadra de futsal da praça

São nos ambulantes, vendendo lanches, blusas, nos taxistas e moto taxistas que a praça ganha um ar menos abandonado. Segundo os moto taxistas, a praça não é um local perigoso, desde que esteja de dia e movimentada por pessoas entre as avenidas. Eles destacam que os moradores não aproveitam o que a praça oferece, seja a quadra ou o espaço e o local acaba servindo apenas como ponto para vendas e locomoção.

Violência

Segundo Felipe Bezerra, coordenador da Escola Walter de Sá Cavalcante, localizada nos arredores da praça, os alunos não gostam de frequentar o local pela sua constante utilização como ponto de venda e uso de drogas. “Violência no sentido de assalto nunca recebemos não, as reclamações acontecem mesmo por conta do uso de drogas lá na praça”, afirma.

Para Carmênio, comerciante que trabalha na praça há cerca de 20 anos, é a violência o principal fator para afastar os frequentadores da praça, comprometendo uma movimentação que, segundo ele, já foi maior. “Hoje tá menos - movimento - por causa da violência que afasta um pouco o pessoal e elas já andam com medo. A pessoas ficam com medo da violência, dos usuários de drogas, dos pedintes que abordam e acabam se afastando da praça”, finaliza.

Procurada durante a produção, a prefeitura não se manifestou até o fechamento da matéria.

Reportagem por: Maggie Suellen e Paulo Yan


Pracinha do Carlito Pamplona sofre com assaltos e falta de estrutura

Praça Antônio Alves Linhares é um dos únicos pontos de lazer do bairro

Insegurança parece ser a palavra que define a Praça Antônio Alves Linhares. O local, que está situado no bairro Carlito Pamplona, e é mais conhecido como Pracinha do Carlito, não se mostra o lugar para o lazer da população que o cerca. No dia 23 de abril de 2014, a movimentação e o barulho na praça indicavam mais um assalto. O fato, recorrente para os moradores, aconteceu próximo ao Mercado de Peixes, situado na praça.

Segundo os próprios PM’s que faziam a segurança do local, a Praça é constantemente usada como ponto de uso de drogas. Eles contam que com o policiamento, que é feito em apenas um pedaço da praça, a igreja situada no local pôde retomar suas celebrações, o que vinha sendo difícil há algum tempo. Apesar de uma impressão de “conforto”, senhor Raimundo Arinoldo (64), que é frequentador da praça e morador do bairro há 30 anos, afirma que, “se a polícia vai para um lado, os bandidos assaltam do outro”.

Sujeira e falta de infraestrutura são outros aspectos que saltam aos olhos de quem visita o local. Bancos quebrados, grama que não é aparada, quadra de esportes que serve como local para consumo de drogas são alguns dos problemas visíveis e que incomodam os transeuntes. O Mercado de peixes, vizinho da praça, também sofre com a sujeira e falta de estrutura.

Praça do Carlito

O Coordenador de Infraestrutura da Regional I, Hamilton Quixadá, explica que a manutenção da praça tem um prazo para realização até o próximo ano; as obras estão aguardando a mobilização da construtora responsável. “A manutenção prevê a troca dos bancos, a pavimentação da praça, a limpeza, capinação e pintura de meio-fio”, afirmou. Em relação à quadra, as promessas são da conclusão das obras junto com esta manutenção geral. Ainda segundo Hamilton, este processo de revitalização está planejado para todas as praças da Regional I.

Já sobre a questão da segurança, as informações fornecidas não foram as mais esclarecedoras. O Subcomandante do 3º BPM, Capitão Steici, explica que não há um projeto de segurança específico para as praças da cidade e que os policiais atuam em um nível mais abrangente, baseado nas estatísticas do Ciops. Acerca do posto de segurança existente na Praça, mas que está sempre fechado, ele explica que “está fechado por falta de efetivo suficiente”. Os índices relativos à coleta de lixo e dados de violência não foram repassados para a nossa equipe de reportagem.

Reportagem por: Rosiane Melo, Mylena Gadelha e Clara Marques


Falta de manutenção prejudica o uso da praça Engenheiro José Waldez Botelho

População que utiliza a praça localizada no bairro Luciano Cavalcante sofre com as consequências da negligência

A falta de manutenção é o maior problema da praça Engenheiro José Waldez Botelho, localizada no bairro Engenheiro Luciano Cavalcante. Construída em 2009, a praça conta com uma manutenção semestral feita pela prefeitura de Fortaleza, segundo moradores. Esse grande espaço de tempo entre as manutenções tem causado deficiências que dificultam a utilização do local. O acúmulo de lixo, brinquedos dos parquinhos quebrados, crescimento de mato por toda a extensão da praça e rachaduras na calçada são alguns dos problemas enfrentados pelos seus frequentadores.

Insegurança

Outro fator que dificulta a utilização do espaço é a insegurança. A demanda por um ambiente mais seguro, não suprida pelos órgãos públicos, levou a Associação de Moradores Alphavillage a estabelecer parceria com uma empresa privada de segurança. Além disso, a população vizinha ao local paga, mensalmente, um segurança particular especificamente para a vigilância da praça. Ainda assim, o sentimento de insegurança vem aumentando entre seus frequentadores. "Talvez não tenha a necessidade de guardas municipais na praça, mas que o Ronda de vez em quando passasse aqui sim. Eu sinto necessidade porque eu não vejo passar. Corriqueiramente, que é a obrigação deles.”, disse Luciane, moradora dos arredores da praça.

Não conseguimos entrar em contato com os responsáveis na Regional II sobre os problemas citados.

Associação de moradores

A criação da praça e outras melhorias conseguidas no bairro foram alcançadas através da Associação de Moradores Alphavillage, criada pelos moradores do entorno há aproximadamente 12 anos. No entanto, devido à falta de engajamento dos associados a associação foi desativada.

“Então ela era uma área verde, mas como área verde, ninguém se interessaria em limpar, nem a prefeitura. Então, nós tivemos a ideia de transformar a área verde em praça. Tivemos a sorte de encontrar um vereador que nos ajudou. Isso demorou alguns anos, mas nós conseguimos. A iniciativa foi da Associação de Moradores. Nós encaminhamos através desse vereador, ele conseguiu a verba pra que nós fizéssemos a praça e encaminhamos o projeto pra prefeitura.”, falou Lilian Oliveira, que também demonstrou interesse de que a praça seja adotada. “A Associação não possui vínculos oficiais com a prefeitura. Nós estamos tentando há vários anos que alguma firma adote essa praça.”

Usos da praça

Apesar dos problemas apresentados, o espaço continua sendo muito utilizado pela população local. Algumas pessoas que frequentam a praça afirmam que o espaço ainda é bastante agradável, principalmente pelo aspecto familiar proporcionado e pela possibilidade de maior contato com a natureza.

O local consegue atrair moradores para as mais diversas práticas, sendo a caminhada uma das principais. "Eu uso a praça pra caminhar. Eu venho de uma distância de 2 km pra caminhar aqui" disse Belarmino, que é aposentado e frequentador assíduo da praça. Além da caminhada, grupos de jovens se reúnem a noite para praticar danças e jogar conversa fora, pais levam seus filhos para brincar nos parquinhos e os banquinhos da praça servem de palco para as conversas de casais de namorados.

Reportagem por: Carolina Gomes, Rebecca Ramos e Taís Barros


Descaso com a Praça da Matriz de Messejana desmerece sua importância

A Praça é mantida pela paróquia da Igreja e por iniciativa popular. Órgãos públicos não se pronunciam devidamente sobre o local.

Mercado na praça da Igreja Matriz

A Praça da Igreja Matriz, como é popularmente conhecida a Praça Padre Francisco Pereira da Silva, ponto central de comércio, religião e localização do bairro Messejana, enfrenta problemas com a falta de segurança e a falta de olhar público sobre o local. A Praça, que é considerada por moradores como patrimônio cultural do bairro, é mantida por iniciativa popular em conjunto com a paróquia da Igreja que abriga e possui policiamento raro: apenas dois carros do Ronda do Quarteirão revezam o policiamento em horários desordenados.

Matriz de Insegurança

Vandalismo e trânsito congestionado são algumas das principais reclamações dos frequentadores e moradores da região. Segundo os entrevistados, não são raros os casos de “assaltos, pichações e depredações” no local. A insegurança da população ainda é reforçada pela falta de policiamento e fiscalização. A escassa presença da polícia afeta, segundo comerciantes e frequentadores, tanto o lazer como o comércio do lugar. Vigilância? Só de Deus.

Igreja Matriz de Messejana

Francisco de Assis Ferreira Tavares, eletrotécnico de 46 anos, frequenta a praça há cerca de 35, e ressalta que o número de frequentadores do lugar vem diminuindo devido à violência, à falta de policiamento e ao trânsito complicado. Acostumado na juventude a frequentar o lugar por lazer e passeio com a família, hoje se limita apenas ao comércio rápido e eventos religiosos: diz ter medo de entrar para as estatísticas de assaltos e não conseguir se desvencilhar dos congestionamentos.

Comércio

O comércio na Praça é diverso. De barracas de rua a grandes lojas, quem frequenta a Praça para compras tem acesso a eletrodomésticos, peças de carros, produtos de beleza, roupas, acessórios de som e serviços bancários, além de lanchonetes e pequenos restaurantes. O congestionamento, que dura o dia inteiro e é reduzido apenas pela noite, é causado pelo excesso de carros e pela falta de fias de desafogamento do trânsito, como também por uma recente mudança de sentido nas ruas que carece de sinalização necessária. Apesar da implantação do Ronda, que melhorou sutilmente a segurança, a vigilância continua sendo rara, baixa para a quantidade de pessoas que circulam no local e somente durante o dia, segundo Fabíola Maria de Sá e Benevides Rios, 53, farmacêutica e professora comerciante da Praça há 18 anos.

Já o trânsito, “um caos”: as vendas vêm sofrendo queda em consequência dos congestionamentos e da dificuldade no acesso de automóveis à Praça, problemas que afastam os frequentadores das lojas. A comerciante, ainda, sugere que um posto de polícia fixo 24h seja implantado na Praça, para a melhor segurança dos frequentadores.

A Regional VI e a Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente disseram não responder pelas denúncias feitas sobre a localidade. Segundo funcionário da Regional, atos de vandalismo ou falta de manutenção da Praça são de incumbência da Prefeitura, o que é contraditório, já que a Regional responde pela Prefeitura nos bairros que atende. A SSP-CE, quem também é responsável pelos casos de vandalismo, não atendeu aos telefonemas. A Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), quando perguntada sobre planos de desafogamento do fluxo, sinalização e fiscalização do trânsito na região, não se pronunciou.

Importância religiosa

Interior da ingreja

Ninguém sabe ao certo quando a Praça foi fundada: sua história funde-se à história da Igreja Matriz de Messejana, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Nos autos da história do bairro, considera-se que a Igreja foi fundada oficialmente em 1871, mas que já existia como capelinha central desde a evangelização de Messejana, há mais de 400 anos.

São controversos também os primeiros nomes, já que o batismo como Praça Padre Francisco Pereira da Silva só veio depois da década de 1980, em homenagem ao Padre que passou mais de 40 anos cuidando da paróquia. Os mais antigos da comunidade e a própria secretária da paróquia preferem chamá-la pela alcunha Praça da Matriz e acham possível que seu nome, antes de homenagear o Padre, sempre tenha sido este.

Até 15 anos atrás, a Praça e a Igreja abrigavam lazer e passeio de famílias e amigos, atividades esportivas e todos os eventos do bairro: era um local para a população visitar e apreciar Messejana. Hoje, a Igreja e a Praça agregam mais de 14 comunidades em seu seio, seja em assistência religiosa ou social, sustendo toda a religiosidade católica tradicional da Regional VI; sustentam, também, os pontos de referência do bairro, as paradas de ônibus para o interior e as principais lojas do comércio local. Mas não sustenta uma estadia ou um passeio longos. Antes uma praça de encontros, hoje a Praça da Matriz é uma Praça de Passagem.

Fachada da Igreja
Reportagem por: Carolina Gomes, Rebecca Ramos e Taís Barros


Praça Forte Iracema traz oportunidades para os moradores de Messejana

Construída num local abandonado, a praça oferece fontes de renda e de lazer

Crianças se divertem-se nos brinquedos, jovens conversam tranquilamente nos bancos, e banquinhas que oferecem uma variedade imensa de produtos que vão de alimentos até roupas e acessórios . A descrição desse cenário lembra as praças dos interiores (em dias de quermesse) do estado do Ceará, mas, por incrível que pareça, tudo isso acontece aqui, na Capitalno bairro Messejana, em Fortaleza.

O comércio é o ponto forte da praça

As praças públicas têm se tornado sinônimo de abandono e desuso. A praça do condomínio Forte Iracema, localizada na Rua Barão de Aquiraz, no bairro Messejana, se mostra como uma exceção a essa regra. Ao visitar a praça, é nítido o envolvimento dos moradores locais com o espaço.

Histórico da praça

Construída em 2012 pela MRV Construtora, a praça foi levantada em um local que, até então, estava sem utilidade alguma. Um terreno praticamente abandonado, servia apenas de esconderijo para bandidos. Em entrevista concedida à nossa equipe, por telefone, funcionários da construtora informaram que a praça foi construída juntamente com o Forte Iracema para atender não só aos moradores do condomínio, mas também a todos do bairro, como forma de lazer e uma oportunidade de renda para os comerciantes locais.

Benefícios à população

Segundo , Marina Oliveira, de 20 anos, estudante e frequentadora, a construção da praça fez com que a violência no local diminuísse , melhorou a limpeza da rua. Quando questionada sobre a importância da praça para a vida da população de Messejana, a estudante disse que ela “é importante tanto pelo lazer quanto pelo desenvolvimento econômico com o crescimento do comércio na praça”. Ao fazer o comparativo entre a situação anterior e a atual do espaço ocupado pela praça, é fácil perceber que a construção foi uma solução para vários problemas enfrentados pelos moradores locais.

A manutenção dos banheiros e a limpeza da praça são feitas com constância, ao que indicam os que frequentam o local. Falta, no entanto, manutenção dos aparelhos de ginástica que estão instalados ali. Ao fim da construção, a manutenção da praça passou a ser responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza, que foi contatada, mas se negou a responder as perguntas quanto ao caso.

Reportagem por: Brenda Albuquerque, Frida Popp e Larisa Feitosa
Flickr YouTube Facebook
Contato: webdocvaiterpraca@gmail.com.br